Online Portuguese-English-Portuguese Legal Dictionary © Marcílio Moreira de Castro
18 dezembro 2013
Como dizer "leasing de automóvel" em inglês?
Resposta no Teclasap.com: http://www.teclasap.com.br/2013/12/16/como-dizer-leasing-de-automovel-em-ingles/
30 novembro 2013
Como traduzir "reservas cambiais do País"?
Análise criteriosa de tradução jurídica do português para o inglês:
Compete à União administrar as reservas cambiais do País (art. 21 da CF/88) à
The Federal Government has the power to manage the foreign-exchange reserves of Brazil.
Note que "do País" deve ser vertido por "of Brazil", e não por “ofthe country”. Isso para evitar ambiguidade, já que existem mais de 180 países no mundo.
Compete à União administrar as reservas cambiais do País (art. 21 da CF/88) à
The Federal Government has the power to manage the foreign-exchange reserves of Brazil.
Note que "do País" deve ser vertido por "of Brazil", e não por “of
28 novembro 2013
Em Direito, como diferenciar e traduzir: remissão, remitir, remição e remir?
Muita atenção para
estes termos, bastante comuns em contextos jurídicos:
·
remissão (da dívida) à remission.
·
remitir (a dívida) à to remit.
Em contraposição aos
termos:
·
remição (da hipoteca) à redemption.
·
remir (a hipoteca) à redeem.
O verbo redimir é sinônimo de remir.
Esses termos em
inglês constam, em detalhes, no Black’s Law Dictionary, 8th Ed.
26 novembro 2013
como traduzir e o que significa "precarização do trabalho" ou "precarização do mercado de trabalho"?
precarização
do trabalho; precarização do mercado de trabalho = deregulation of the labor market.
A expressão precarização do trabalho é sinônimo pejorativo para desregulamentação do mercado de trabalho.
Perguntaram-me como traduzir “precarização do trabalho”, em contextos de Direito do Trabalho.
A expressão precarização do trabalho é sinônimo pejorativo para desregulamentação do mercado de trabalho.
Perguntaram-me como traduzir “precarização do trabalho”, em contextos de Direito do Trabalho.
É
simples: deregulation
of labor; deregulation of the labor market.
Explicando: “precarização
do trabalho” é sinônimo pejorativo de “desregulamentação
do mercado de trabalho”. No Brasil, a assustadora maioria dos juristas especializados em Direito do Trabalho, juízes do trabalho,
doutrinadores e advogados trabalhistas – a autointitulada comunidade
‘justrabalhista’ – é fortemente favorável à hiper-regulação e à petrificação do
mercado de trabalho. Qualquer tentativa de desregulamentar
– e, com isso, aumentar a dinâmica e a competitividade da economia brasileira –
é imediatamente rejeitada e rotulada de ‘precarização do trabalho’, em tom
depreciativo.
25 novembro 2013
como dizer "segurado" em inglês?
Em contextos de seguros, "segurado" é insured ou insured party/person.
E qual o plural de "insured"?
E qual o plural de "insured"?
O plural de insured é the insured; insured parties/persons;
ou insureds. Apesar de estranho, o
plural insureds é comum em textos
jurídicos e admitido em Garner, Bryan A., A Dictionary of Modern Legal
Usage.
24 novembro 2013
como traduzir "to execute and deliver the agreement"?
to execute and deliver the agreement à
recomenda-se traduzir – com perfeição – simplesmente por “celebrar/assinar o contrato”.
É também possível traduzir por ‘celebrar
e formalizar o contrato’, apesar de
ser pleonástico.
22 novembro 2013
Como se diz “bairro” em inglês? Tradução de endereços
Pergunta:
ao traduzir para o inglês – ou escrever em inglês – um contrato, carta
jurídica, parecer, etc. devo traduzir os endereços? Como se diz 'bairro’ em
inglês? Como se diz CEP em inglês?
Resposta:
nunca traduza endereços, bairro é bairro, CEP é CEP. Se o advogado ou
tradutor verter endereços para o inglês, o resultado catastrófico será apenas um: as cartas enviadas não chegarão ao destinatário no endereço
traduzido - vão se perder nos Correios. Deixe
os endereços em português.
Dica aos tradutores: menos teoria e mais pragmatismo.
17 novembro 2013
Como se diz "agrotóxico" em inglês?
O
termo agrotóxico – em português – é
palavra pejorativa, que deve ser
evitada. O termo correto é ‘defensivo
agrícola”.
Em
inglês, diz-se ‘agrochemical’ ou -
para ser específico – pesticide, herbicide, fungicide, etc.. Nunca
traduza por “agrotoxic”.
16 novembro 2013
Como se diz “análise econômica do direito” em inglês?
O
disciplina “análise econômica do direito”
é conhecida internacionalmente como “law
and economics”. A expressão em inglês “economic
analysis of law” não é incorreta, mas é menos comum, pois se refere
especificamente a um livro de 1973, escrito por Richard Posner.
Em
todas as Faculdades de Direito nos
EUA e na Europa, a disciplina é conhecida como “law and economics”, simplesmente.
Todavia,
os juristas brasileiros ainda continuam traduzir literalmente essa expressão em
seus artigos e abstracts por “economic analysis of law”.
Nota:
law
and economics é disciplina obrigatória e central no currículo das faculdades
de Direito nos Estados Unidos, Inglaterra e países do norte da Europa. No Brasil,
ainda é solenemente ignorada.
--
13 novembro 2013
como traduzir cínico e cynical?
Falso cognato "cínico"
Na
acepção usual, corriqueira, comum, não
filosófica, os termos “cínico” e “cynical”
são falsos cognatos.
Cínico geralmente deve ser vertido por sarcastic.
Cynical geralmente deve ser traduzido por pessimista.
30 outubro 2013
como pronunciar house e mouse?
Dicas não jurídicas:
Por
favor, não diga que gosta de assistir o seriado “hauzii” e que seu laptop tem “mauzii”
sem fio. Arranham os ouvidos.
A
pronúncia correta de “house” e “mouse” é “háuss” e “máuss”. Ambas
rimam com a palavra da língua portuguesa “paus”,
plural de “pau”.
-
E
mais: o L em inglês sempre tem som
de “L”, inclusive em final de sílaba.
Diferente
do português, em que o L no final de
sílaba tem som de “u” (pelo menos na
maior parte do Brasil). Pronuncie naturalmente “papel” e “goal”.
-
E
mais: não diga que sapo em inglês é
“frog”.
Frog
significa rã.
Sapo é toad.
28 outubro 2013
Como dizer "notebook" em inglês: notebook ou laptop?
Qual a diferença entre notebook e laptop?
Ao se referir a computadores portáteis, sabemos que antigamente existia uma diferença técnica entre laptop e notebook – na prática irrelevante – e que ambos os termos são usados em inglês.
Ao se referir a computadores portáteis, sabemos que antigamente existia uma diferença técnica entre laptop e notebook – na prática irrelevante – e que ambos os termos são usados em inglês.
Mas,
por favor, note que, em inglês, atualmente,
o termo DESPROPORCIONALMENTE MUITO MAIS
UTILIZADO é LAPTOP. Praticamente não se usa mais o termo ‘notebook’, para se referir a computadores portáteis.
No
Brasil – talvez em razão do usual atraso tecnológico – ainda se usa quase apenas o termo ultrapassado ‘notebook’.
Portanto:
ao traduzir para o inglês, e ao
escrever e conversar em inglês, utilize sempre o termo ‘LAPTOP’, e não ‘notebook’.
26 outubro 2013
Como dizer em inglês "princípio da proibição do retrocesso social" e "efeito cliquet"
O
que significa e qual o equivalente em inglês das expressões “princípio da proibição do retrocesso
social” e “efeito cliquet”?
Essas
duas expressões são sinônimas. Elas estão em voga no Direito Constitucional
brasileiro e significam a proibição da
revogação de leis que criam direitos ou benefícios sociais.
Isto
é, segundo a maioria dos constitucionalistas brasileiros, uma vez criado
determinado direito social, ele nunca mais poderá ser revogado ou
flexibilizado. Os direitos sociais, uma vez promulgados, tornam-se imutáveis,
perenes, petrificados na legislação brasileira.
Não
se pode modificá-los nem mesmo em situação de crise econômica ou diante de
novas realidades. Eles se impõem até mesmo sobre as futuras gerações, que não
participaram de sua elaboração.
Despreza-se a existência e os interesses das pessoas que financiam os direitos
sociais, isto é, os contribuintes.
Ignora-se igualmente os argumentos econômicos contrários a tal petrificação
legislativa.
Como
se pode imaginar, o principio da proibição do retrocesso é quase unanimemente exaltado pelos pensadores
do Direito brasileiro.
Já
nos Estados Unidos, seu equivalente
é o chamado ratchet
effect, isto é, “efeito catraca”. Todavia, é considerado
um efeito negativo, reprovável, prejudicial à economia e ao próprio povo.
Isso
porque os benefícios sociais tendem a ser criados e acumulam-se de forma
permanente e irreversível, até sufocarem e destruírem
a economia que os sustenta – como ocorreu na Grécia, Portugal, Espanha e
Itália.
Esse
fenômeno se deve ao fato de que os grupos
de interesse (special interests) beneficiários de direitos sociais possuem enorme incentivo
pessoal para pressionarem o governo e insistirem na sua manutenção. Por outro
lado, os pagadores – os contribuintes – são pessoas difusas, desorganizadas, desconectadas,
que possuem pequeno interesse individual
em buscar a diminuição ou revisão dos direitos
sociais.
Essa
diferença de opinião sobre o efeito
cliquet (Brasil) versus ratchet effect (EUA) é indicativo de
outro aspecto negativo do Direito
brasileiro: a enorme influência exercida pela legislação dos países do sul da
Europa (Portugal, Espanha, França e Itália) sobre a mente do jurista
brasileiro.
Em
Direito, tudo que vem desses países é ‘ótimo’,
por serem ‘lindos, socialistas e humanistas’.
E
tudo que procede dos Estados Unidos da
América é ‘péssimo’, pois os
norte-americanos são ‘capitalistas,
imperialistas, neoliberais e malvados’.
Infelizmente,
esse é mais um fator determinante do arcaísmo e ineficiência do Direito
Brasileiro.
23 outubro 2013
como traduzir "contrato de abertura de crédito"? Evite tradução rocambolesca
Evite traduções rocambolescas:
- contrato de abertura de crédito; contrato de financiamento mediante abertura de crédito à simplesmente line-of-credit agreement/contract. Não tente traduzir literalmente por “
contract of financing by opening of credit”.
13 outubro 2013
Como dizer em inglês "dignidade da pessoa humana"?
Quase
todo estudante de Direito deve se perguntar no início do curso sobre a razão de
ser de uma expressão usada pela Constituição Brasileira, e tão em voga
atualmente: “dignidade da pessoa humana”.
Existe
“humano que não seja pessoa”? Por
que não dizer simplesmente “dignidade
humana”?
A
expressão “dignidade da pessoa humana” parece ser pleonástica, não?
A
explicação é simples: essa expressão foi “copiada e colada” do Catecismo da Igreja Católica, de 1985
(a Constituição Brasileira é de 1988).
Tanto
é que, em inglês, o termo “dignity of the
human person” é usado exclusivamente em textos da Igreja Católica. Em
contextos jurídicos – e em todos os outros – utiliza-se apenas a expressão “human dignity”. Procure no Google.
Por
isso, em Direito, sugere-se traduzir “dignidade da pessoa humana” simplesmente
por “human dignity”.
Ao
escrever um texto diretamente em inglês,
escreva sempre “human dignity” e não
“dignity of the human person”, para
que seu texto seja claramente identificado como um texto jurídico – e não
um texto religioso.
09 outubro 2013
International Orders
Para adquirir o Dicionário fora do Brasil, recomenda-se:
1) entregas internacionais da própria Editora Forense, veja as instruções em: clique aqui.
2) livraria online Intransbooks, sediada nos Estados Unidos: clique aqui. Email: lankhof@intransbooks.com
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05 outubro 2013
O mito do Processo Civil italiano (E também do Direito do Trabalho italiano)
Nas
faculdades de Direito brasileiras, ensina-se que o direito processual civil brasileiro é baseado em um dos supostamente ‘melhores’ do mundo: o italiano.
O
Código de Processo Civil brasileiro, da década de 1970, foi todo baseado no
processo civil italiano.
Os
professores e doutrinadores de processo civil brasileiro fazem questão de
estudar a língua italiana, doutrinadores italianos, citar as leis italianas,
etc.
Esse é erro crasso! O processo civil italiano é um
dos piores do mundo, um dos mais lentos,
ineficientes, caros, burocráticos, bizantinos, morosos e incompetentes.
Para
ser específico, no estudo “Doing
Business 2012”, produzido pelo Banco Mundial, no item “Enforcing Contracts” (http://www.doingbusiness.org/data/exploretopics/enforcing-contracts) a Itália fica na posição 160! Atrás do Sudão, Serra Leone,
Níger, Moçambique, Uganda, e – pasmem – do Brasil
(posição 116).
Precisa-se
de 1.200 dias para executar um
contrato na Itália (3 anos e 4 meses)!
No Brasil são 731 dias (= 2 anos).
Nos
países mais bem colocados, a duração é de aproximadamente 1 ano – às vezes bem menos. E o custo tende a ser metade ou um terço do custo do processo na Itália.
Por
favor, vejam no link a tabela completa e detalhada. Se não conseguir abrir o
link, procure no Google “Doing Business – The World Bank”.
Notem
que muitos dos países mais bem colocados são os países ricos de origem anglo-saxã, falantes da língua
inglesa, e outros países do norte da
Europa. Os Estados Unidos ficam em
6º lugar, Alemanha em 5º, Áustria em 7º, Singapura em 12º, Austrália em
15º, Reino Unido em 21º, Noruega em 4º.
Outro
fetiche dos juristas brasileiros
fica bem mal posicionada: a Espanha, em
64º.
Conclusão: a
Itália é ótimo lugar para viajar, comer, beber e fazer amigos. Mas
definitivamente NÃO para estudar
Processo Civil.
Em outras palavras, para o progresso do Direito
brasileiro, recomenda-se estudar as Federal
Rules of Civil Procedure, dos Estados Unidos. E não o Codice di Procedura Civile.
O
mesmo vale para outros ramos do Direito, como o Direito do Trabalho, Direito Administrativo, Direito Empresarial e
Direito Tributário, em que a Itália está em péssimas colocações. Tudo disponível em http://www.doingbusiness.org/
29 setembro 2013
Dia dos Tradutores - Dicionário à venda por R$ 132,00 (desconto de 20%)
Promoção na Semana dos Tradutores: esta semana o Dicionário de Direito, Economia e Contabilidade está à venda pela Editora por R$ 132,00, de segunda dia 30/09 até sábado dia 05/10.
Link direto com a Ed. Forense:
24 setembro 2013
empréstimo/financiamento/crédito a fundo perdido
como dizer em inglês "empréstimo a fundo perdido"?
empréstimo/financiamento/crédito a fundo perdido à loan in which the lender never had any
expectation of repayment. This expression, in Portuguese, is used as a
euphemism for a donation in which the recipient must follow strict rules about
the investment of the funds, especially in social, environmental and
development projects. Sometimes it is
also used to refer to reckless lending, especially by government entities. Suggested
translations: non-repayable/nonrefundable loan; non-repayable/nonrefundable grant;
(disguised) grant/donation/gift/subsidy/aid.
Esta expressão tem origem na língua francesa: à fonds perdu.
21 setembro 2013
saudade em inglês
Dica de tradução não-jurídica:
Aquele velho clichê: "a palavra 'saudade' só existe no português, não existe em inglês".
Grande erro.
Sem entrar no mérito de substantivos como 'longing', etc., o fato é que 'saudade' em inglês é 'to miss". E vice-versa.
Em que lei está prescrito que todo substantivo deve ser traduzido por substantivo? E todo verbo deve ser traduzido utilizando um verbo?
É perfeitamente correto traduzir um substantivo usando um verbo, com as devidas adaptações. E vice-versa.
Note que não existe o verbo 'saudadar' em português.
19 setembro 2013
Nota estilística: excesso de conjunções
Veja
este trecho de peça jurídica, cinco parágrafos contíguos:
“(...)
Nesse sentido, é
importante ressaltar que
... blá blá blá.
Portanto, ... blá blá blá.
Nesse diapasão, impende
esclarecer que ...
blá blá blá.
Por conseguinte, ... blá blá blá.
Neste tocante, ... blá blá blá.
Ademais, insta frisar
que ... blá blá blá.
Registro, por oportuno,
que ... blá blá blá.
Note-se, desde
logo, ... blá
blá blá.
Pois bem. Blá blá blá.
Em conclusão, ... blá blá blá”.
Explico:
quando tínhamos 14 anos de idade, a professora nos disse que precisávamos
começar cada parágrafo da redação com uma conjunção ou expressão conjuntiva.
Isso para ligar as ideias, para que o texto ficasse coerente e coeso.
Todavia,
nós advogados e outros profissionais do Direito não estamos mais na oitava série do ensino fundamental. Não precisamos
de todo esse “entulho conjuntivo”,
esses quebra-molas linguísticos, tiques nervosos, soluços retóricos.
O
uso de uma expressão conjuntiva, de ligação, no início de cada parágrafo da petição, sentença ou parecer – além de desnecessário – é irritante e denota falta de proficiência no uso da língua
portuguesa. Elas devem ser usadas com parcimônia.
Veja
os principais escritores, jornalistas e ensaístas, nos principais jornais
brasileiros e internacionais. Os editoriais da Folha de S. Paulo, do Estado de
S. Paulo, da Veja, do New York Times, da The Economist. Os mais famosos
colunistas. O texto flui com naturalidade, sem essa obsessão em usar uma expressão “de ligação” no início de cada
parágrafo.
Ao
traduzir um texto jurídico, não é
necessário traduzir a maioria desses “espasmos linguísticos”, podem ser
simplesmente ignorados. O leitor da versão agradecerá.
Aproveito
para dar uma dica para quem quer melhorar o português (e o inglês): ler muitos editoriais dos mais respeitados jornais
e revistas. São o que há de melhor no idioma: concisos, diretos no ponto, linguagem
culta, argumentativos, escritos pelos jornalistas mais seniores e experientes.
E também uma ótima forma de se manter informado.
18 setembro 2013
norte-americano, americano ou estadunidense?
Como traduzir o termo American: norte-americano, americano ou estadunidense?
Traduza American por norte-americano, ‘dos Estados Unidos’, ‘dos EUA’, ou simplesmente americano. Evite utilizar ‘estadunidense’, por ser termo utilizado
majoritariamente – no Brasil – com forte
conotação pejorativa.
Traduza American por norte-americano, ‘dos Estados Unidos’, ‘dos EUA’, ou simplesmente americano. Evite utilizar ‘
Em outras palavras: os termos “norte-americano” e “americano” são
termos neutros, sem conotação ideológica. Ao contrário do que algumas pessoas
afirmam, não há ambiguidade, pois
pelo contexto fica sempre bem claro se referirem aos Estados Unidos da América. Da mesma forma que o termo “mineiro”
pode se referir ao habitante de Minas Gerais ou a quem trabalha em mina. Vide http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/consultorio/americano-norte-americano-ou-estadunidense/
Além disso, o termo “americano”
(em suas grafias estrangeiras) é consagrado em todas as principais línguas.
Vide os dicionários de francês, italiano, alemão, etc. Uma das poucas exceções
é a língua espanhola. E também consta nessa acepção em todos os dicionários
brasileiros (Aurélio, Houaiss, etc.).
Já o termo "estadunidense” é usado no Brasil quase que exclusivamente por
publicações antiamericanas, antiocidentais, comunistas, marxistas, leninistas,
socialistas, coletivistas, Carta Capital, MST, e outros losers. Inclusive, é claro, professores de História, Filosofia,
Sociologia, Geografia e Português, em nossas tristes escolas e universidades públicas
(e muitas particulares), no esforço de incutir nos estudantes a aversão aos
Estados Unidos e ao capitalismo.
17 setembro 2013
tradução de neoliberal e neoliberalismo
neoliberal; neoliberalismo. (economia) neoliberal; neoliberalism. Nota linguística e cultural: em inglês, os termos neoliberal e neoliberalism não são utilizados pelos mais respeitados economistas norte-americanos e ingleses.
Por exemplo, um dos manuais de economia mais vendidos em todo o mundo, Principles of Economics, escrito pelo professor Gregory Mankiw, da University of Harvard, nunca utiliza tais termos.
O mesmo pode ser dito sobre as principais publicações de economia de Nova York e Londres: Wall Street Journal, The Economist e Financial Times. Os termos utilizados por essas e outras respeitadas autoridades em economia são, simplesmente, liberal ou (economic) liberalism.
Note que, tanto em inglês quanto em português, os termos “neoliberal”, “neoliberalismo” e “neoliberalism” são utilizados sempre com conotação pejorativa, e apenas por pessoas que não gostam do capitalismo e, geralmente, simpatizam com ao pensamento marxista.
15 setembro 2013
Qual inglês, jurídico ou não, devo utilizar e estudar: dos Estados Unidos ou o inglês britânico?
Pergunta: Qual inglês, jurídico ou não, devo utilizar e estudar: o inglês dos Estados Unidos ou o inglês britânico?
Resposta: o inglês dos Estados Unidos, de preferência.
Resposta: o inglês dos Estados Unidos, de preferência.
Argumento 1: o PIB dos EUA é 6,4
vezes maior do que o PIB do Reino Unido (World Bank estimate).
Argumento 2: O PIB dos EUA corresponde a 21% do PIB mundial. O do Reino Unido corresponde a apenas 3,6%.
Argumento 3: se somar o PIB dos Reino Unido, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e África do Sul, o total equivale a apenas 39% do PIB dos Estados
Unidos.
Argumento 4: apesar do sucesso comercial da música, literatura e
alguns filmes ingleses, a influência cultural,
científica, tecnológica, universitária, jurídica, militar, diplomática e
econômica dos Estados Unidos é assombrosamente
maior, em todo o mundo.
Argumento 5: os EUA são o 2º
parceiro comercial do Brasil. O Reino Unido fica em 11º.
Argumento 6: Se utilizar o inglês jurídico britânico, é provável
que vários norte-americanos não entendam ou achem ‘engraçado’. Se utilizar o
inglês jurídico dos EUA, todo o mundo entende perfeitamente, inclusive os
ingleses.
Argumento 7: o argumento de que o inglês britânico é mais correto,
bonito, culto, educado, formoso, etc. é puro preconceito linguístico, sem qualquer fundamento científico, e
que beira a xenofobia.
Argumento 8: mas se mesmo assim preferir o inglês jurídico
britânico, tente sempre apresentar em seu texto a “tradução” para o inglês
jurídico dos Estados Unidos.
Argumento 9: não perca seu tempo estudando inglês jurídico do
Canadá, Austrália, Nova Zelândia, Jamaica, Nigéria, África do Sul, Libéria etc.
Simplifique sua vida e use sempre o inglês dos Estados Unidos.
Argumento 10: os chineses,
quando falam inglês, preferem e entendem melhor o inglês norte-americano –
afinal de contas são as duas potências mundiais da atualidade.
p.s. De qualquer forma, o nosso Dicionário aborda tanto o inglês
jurídico dos EUA quanto do Reino Unido.
p.s. O mesmo vale para o português jurídico: estude o do Brasil,
e não o de Portugal, Angola,
Moçambique, Timor Leste, etc.
14 setembro 2013
Qual a diferença entre agreement e contract, em redação contratual (contract drafting)?
Qual a diferença entre agreement e contract, em redação contratual (contract drafting)?
Na teoria jurídica, existe diferenciação entre acordo X contrato e agreement X contract.
Todavia, na prática da redação contratual, tais termos geralmente são sinônimos e intercambiáveis (interchangeable).
Na teoria jurídica, existe diferenciação entre acordo X contrato e agreement X contract.
Todavia, na prática da redação contratual, tais termos geralmente são sinônimos e intercambiáveis (interchangeable).
Em
português, prefere-se utilizar o
termo “contrato”. Por exemplo: “contrato de compra e venda”; “contrato de locação”; “contrato de confidencialidade”.
Já
em inglês, prefere-se utilizar o
termo “agreement”. Por exemplo: “sales agreement”;
“lease agreement”;
“nondisclosure
agreement”.
Mas
note que são termos intercambiáveis:
pode-se perfeitamente utilizar contract nesses exemplos.
A
explicação para se preferir utilizar o termo “agreement”, em
inglês, está no fato de tal palavra ser considerada mais polida, suave, consensual do que o termo “contract”, que seria mais ‘autoritário’. A
diferenciação é apenas estilística,
e não semântica.
O
mesmo vale para os termos advogado e
lawyer. Tanto em português quanto em inglês,
foram criados vários sinônimos “polidos”
para esses termos. Isso porque os termos advogado
e lawyer atraem a antipatia de algumas pessoas.
Em português, usa-se o termo procurador.
Em inglês, os termos counsel, counselor, attorney
ou attorney-at-law. Mas perceba que essas são palavras sinônimas e intercambiáveis.
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